terça-feira, 14 de agosto de 2012

Literatura, Música, Cinema?

  Da série: "estava lendo pessoas que (dói admitir) escrevem melhor do que eu e tive vontade de escrever eu mesmo". Adversidades: são quatro e meia da manhã. Combustível: sou um dos premiados com a greve das universidades federais brasileiras e não tenho absolutamente nada pra fazer, nenhum horário pra cumprir. Pra escrever, preciso, antes de tudo, de um assunto. Eu não vou escrever sobre a bendita greve porque só o SAC do Universo sabe o quanto eu já reclamei disso em todos os meios possíveis e imagináveis, da condução básica de ondas sonoras na atmosfera terrestre ao pé de página dos sites de "notícias".

   O assunto do momento são as Olimpíadas que acabaram e a próxima edição que acontecerá no Rio de Janeiro. Também não vou escrever sobre isso porque eu sou muito pedante e não gosto que reforcem o estereótipo que o Brasil já tem no exterior - mas é isso que gringo quer, e é isso que gringo vai ver; o que são as olimpíadas senão um grande espetáculo, em que um país exibe a sua cultura, o seu dinheiro, o seu poder, pra todos os outros? Uma pena não ter outro planeta pra Terra poder se exibir, ou aí é que veríamos um espetáculo enorme. A Olimpíada não é feita é pra nós. Acordem.

   Então eu vou escrever sobre as coisas que, aleatoriamente, surgiram na minha vida e me enfiaram na minha própria cabeça, nos momentos eu que eu estava em locais que não poderiam representar coisa nenhuma melhor do que representam a residência oficial do Satanás. Em ordem de importância:

   1. Livros:
   Eu me considero uma pessoa que gosta de ler, mas acho que li muito pouco na minha vida e sinto que o perdi a época em que teria mais tempo para isso - que era quando eu estava na escola, o que não representava nenhum desafio intelectual (sorry), então o meu cérebro estava em férias permanentes, com raras exceções. Por que eu não li tanto quanto deveria? Porque um livro custa um milhão de reais, porque a livraria mais próxima era longe demais (ponhas horas e horas de viagem para tal), porque os correios são uma corporação capitalista selvagem e eu sou um simples proletário que não dá conta de tanto frete. Mas eu li. Mais do que a maioria das pessoas.
   Mais da metade do que eu li foi fantasia e/ou literatura infanto juvenil. Tecnicamente, as li quando estava na idade a que são destinadas. Mas não acho que vou deixar de ler tão cedo. Escapismo, literatura que pouco acrescenta criticamente, blá blá blá. Tive a minha cota de clássicos também, alguns prazerosos, outros não. Agora, resta pouca fantasia boa - que esteja ou esteve no mainstream, logo, que seja acessível a maioria das pessoas, nas quais eu meu incluo - que eu ainda não tenha lido, então tendo a variar um pouco mais os assuntos. Aceitando sugestões, de preferência se você tiver o exemplar pra me emprestar.

   2. Música:
   Eu adoro cultura pop. E na música acho que é onde mais isso transparece. Não necessariamente os hits da semana da Billboard (agora, né!), mas tudo que um dia foi grandioso - e grandiosidade na música, ao meu ver, teve o auge nos anos 60/70/80 - e que acabou meio esquecido me dá vontade de conhecer - pela atmosfera, pelo estilo prevalente, pelo contexto. Hipster, né? Pois é, não. Não porque eu não me credito mais como fã de praticamente nada (excetuo aí Harry Potter - desde 2005 - e Michael Jackson - desde 2008, sim, ele tava vivo), o que não me faz cego pra muita coisa - o que me parece ser um dos pontos chaves desse conceito estilístico/musical hipster. Não porque eu consigo gostar de coisas atuais, não necessariamente boas, mas que estejam no lugar certo na hora certa - sem problemas admitir que gosto de algumas coisas que consigo enxergar claramente que são bem tosquinhas. Não porque não me considero diferente. Claro que pra época e lugar em que eu vivo, eu sou extraterrestre musical - estamos na era do Tchu Tcha Tcha (música que me proporcionou grande felicidade quando, com alguns colegas, fiz uma excelente versão gospel - vendo a gravação original, só me procurarem). Mas o problema não está em mim, se o resto das pessoas prefere ouvir música degradante, rimas pobres (substantivo/substantivo), e artistas com esse visual exótico, problema delas. Boa parte do tempo eu tô fazendo a mesma coisa, só que em outro idioma. Não escuto tanta música brasileiras porque a maioria destas ou é triste ou feliz demais, e isso é intrínseco do idioma, que tem palavras compridas que se adequam mais aos gêneros que contemplam tais estados de espíritos - querer fazer rock com língua portuguesa é pra poucos, como vocês podem confirmar com as experiências musicais recentes do mainstream do "rock nacional". Escuto música em inglês - sou um adolescente de classe média num país colonizado, o que se poderia esperar? De uma forma geral, prefiro Classic Rock dos anos 60/70, Pop dos anos 80 e o Indie/Alternative dos anos 90 e atuais. Eu poderia nomear um artista de cada e pronto, está aí o gosto musical mais óbvio do planeta Terra: o meu. Mas tem outros da mesma linha que eu gosto, então seria injusto - como se do fundo do túmulo deles, isso importasse. Sugiro que vocês comprem fones da Samsung porque são muito bons e que baixem Mr. Blue Sky porque eu estou viciado nela hoje. Aceito sugestões de qualquer tipo.

   3. Cinema:
   Agora já não são mais 4:30h, são 5h. E eu não tô realmente tão disposto a falar do meu gosto pra filmes. Então, basicamente: não é igual o seu. Não que eu não goste dos blockbusters que fazem sucesso e estardalhaço e blá blá blá, eu adoro. Mas eu prefiro filmes em que não aconteça nada de extraordinário e que não sejam muito longos, porque neles personagens podem ser mais interessantes que roteiros e na real, tristes as pessoas que não são mais interessantes do que a vida. Gosto de cinema Brasileira. Cinema Brasileiro. Não essa anomalia atual da vertente Bruno Mazzeo/Xuxa/Didi/Caceta e Planeta - isso é uma bosta e quem curte, pelo amor de Deus, melhore o seu senso de humor. Aliás, não gosto de comédias (no sentido orkutizado do gênero). Simplesmente porque coisas que são feitas com o objetivo específico de fazer alguém rir perdem o elemento surpresa e com ele vai junto a graça - raríssimas se salvam, quando a história contada se sobrepõe aos objetivos cômicos pontuais. Indico "Toto le heros" porque foi o último que eu vi e gostei, e também "Se nada mais der certo", filme brasileiro com todos os elementos clichês que a nossa nacionalidade pode proporcionar, mas que ainda assim vale a pena. Sugestões podem vir acompanhadas de um torrent com legenda.

Tchau e esse é o pior texto do blog.

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