sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Between Chaos and Creation

    Tudo que você vê, tudo que você sente, os lugares por onde anda, com quem você se depara, quem assalta você, quem compra o seu celular roubada, quem corre pra pegar o ônibus, quem não liga pro ataque cardíaco do vizinho, quem não tem por quem chorar, quem não tem quem chore por ele, quem pode sair por aí, quem tem que ficar em casa, quem joga o álcool, quem acende o fósforo, quem apaga a fogueira, quem se queima.
    Respirações que soltam fumaça, carruagens que transportam sinos, motos voadoras com gigantes, cometas de fogo afunilados, cicatrizes esculpidas, tatuagens amareladas, folhas marrons e céus cinzentos. Todas as sinuosidades achatadas de um mundo que concorre com si mesmo pra sobreviver. Velocidade e máquinas, coragem e imprudência, vontade e obsessão, beleza e futilidade, felicidade e alegria, tristeza e depressão, raiva e triunfo, dedos e unhas.
    Porque se o lirismo está ali, fazer sentido é redundância. Máquinas do tempo que nos levam pro passado que é o futuro repleto de de Déjà Vus, perdedores que ganham o tempo todo, vencedores que não conhecem o pódio, heróis covardes e covardes heróis, holismo parcial, juízes cegos.
    Só que tudo continua igual, o sol é o mesmo, os átomos no universo também, dias longos e anos curtos, e as respirações que não soltam fumaça e não puxam mais ar.

Porque em inglês é tudo mais fácil


Like a river that can fly
Like a bird that just swin
Like a dancer that can paint
Like a lover that can hate

You keep going on
But it's because you can't come back
Home, home, home, home

Don't cheat yourself
Your dreams will never come true
Unless they depends only of you
And if you're a lucky man

Keep you on the under
Up to the thunder
Go to the light
Fight to fly
Run and run again

There is no hope
In that stupid land